O Nazismo foi um movimento ideológico nacionalista, imperialista e belicista.
O que aconteceria com o mundo se o Nazismo e os Japoneses tivessem vencido a guerra? Hoje temos como saber. Assista a série "The Man In The High Castle":
Nos moldes do fascismo, que se desenvolveu na Itália, o
nazismo esteve sob a liderança de Adolf Hitler, entre os anos de 1933 a 1945.
O símbolo do nazismo era a bandeira vermelha com uma cruz
gamada, conhecido como suástica.
Esse movimento consistia numa mistura de dogmas e
preconceitos a respeito da pretensa superioridade da raça ariana. Os alemães
acreditavam ser superiores aos outros grupos sobretudo de judeus.
O nazismo não era um movimento completamente novo na
sociedade alemã. Outros movimentos compartilhavam de seu nacionalismo
extremado, de seu racismo sob a tentativa de criar uma sociedade militarista e
reacionária.
Grupos antissemitas (aversão aos judeus) já existiam na
Alemanha e na Áustria desde o século XIX.
Além disso, muitos regimes totalitários se desenvolveram no
período chamado “entre guerras”, ou seja, entre a primeira (1914-1918) e a
segunda guerra mundial (1939-1945).
Embora sejam regimes políticos totalitários de inspirações
semelhantes e utilizados muitas vezes como sinônimos, o fascismo e o nazismo
representam diferenças. Tratam-se de movimentos que ocorreram em épocas
distintas.
O fascismo foi um movimento ideológico anterior ao nazismo.
Ele surgiu na Itália no período denominado entre guerras (1919-1939) sendo
implantado por Benito Mussolini, que vigorou de 1919 a 1943.
Por sua vez, o nazismo foi um movimento ideológico
totalitário desenvolvido na Alemanha por Adolf
Hitler, durante a segunda guerra mundial (1939-1945).
Origem do Nazismo
Em 1919, em Munique, Hitler aderiu a um
pequeno grupo chamado de "Partido Trabalhista Alemão", fundado por um
mecânico ferroviário.
Seu programa falava em bem-estar da população, igualdade
perante o Estado, anulação dos tratados de paz e exclusão dos judeus da
comunidade.
Em 1920, Hitler, com sua capacidade oratória a serviço do
grupo, já é a principal figura do partido. Isso contribuiu para mudança do nome
para "Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães" – Nazi
(abreviado do termo em alemão Nationalsozialist).
O capitão Ernest Roehm incorporou ao partido uma organização
paramilitar, as SA (Seções de Assalto), encarregada de perturbar as reuniões
dos adversários.
O programa do partido denunciava judeus, marxistas e
estrangeiros, prometia trabalho e o fim das reparações de guerra. Em 1921, aos
33 anos de idade, Hitler torna-se chefe do partido, que tinha apenas três mil
filiados.
Em 1923, os nazistas, liderados por Hitler, fracassaram na
tentativa de golpe em Munique. Hitler foi condenado a cinco anos de prisão.
Cumpriu oito meses, que aproveitou para escrever a primeira parte do livro
"Mein Kampf" (Minha Luta).
Inspirado no fascismo e no bolchevismo, Hitler reorganizou
seu partido. Dotou-o de estruturas administrativas e hierárquicas regionais, de
um jornal e de grupos paramilitares: além da SA, criou as SS (Brigadas de
Segurança), a força de elite.
Além disso, organizou a juventude hitlerista e deu apoio aos
sindicatos e associações de juristas, médicos, professores, funcionários e
outros profissionais.
Características do Nazismo
O programa do Partido Trabalhista (1920) e os textos de
Hitler sintetizaram sua proposta ideológica do regime nazista:
Totalitarismo – O indivíduo pertenceria ao Estado não
poderia ser liberal nem parlamentar, pois não deveria fragmentar-se em função
de interesses particulares. Como o fascismo, o nazismo era antiparlamentar,
antiliberal e antidemocrático. Deveria ter um único chefe, o Führer. Esses
princípios podiam ser resumidos em: um povo (Volk), um império (Reich), um
chefe (Führer).
Racismo – Segundo essa ideologia, os alemães pertenciam
a uma raça superior, a raça ariana, que sem se misturar a outras raças, deveria
comandar o mundo. Os judeus eram considerados seus principais inimigos. O
combate a outras ideologias, como o marxismo, o liberalismo, a franco-
maçonaria e a Igreja católica, era fundamental.
Antimarxismo e Anticapitalismo – Para Hitler, o marxismo
era produto do pensamento judaico, uma vez que Marx era judeu e propunha a luta
de classes; o capitalismo só iria agravar as desigualdades, ambos atentavam
contra a unidade do Estado.
Nacionalismo – Para o nazismo, as humilhações surgidas
com o Tratado de Versalhes deveriam ser destruídas. Deveria ser construída a
Grande Alemanha, que constituía o agrupamento das comunidades germânicas da Europa,
como a Áustria, os Sudetos e Dantzig.
O Nazismo no Poder
Com a crise de 1929, o descontentamento tomou conta da
Alemanha. A classe média desempregada, e a burguesia, temerosa com o
crescimento do "Partido Comunista Alemão", engrossaram as fileiras do
"Partido Nazista".
Em 1932, empresas capitalistas passaram a dar-lhe apoio
financeiro. Nesse mesmo ano, vários candidatos nazistas venceram as eleições.
Em 1933, o apoio da alta burguesia levou o presidente
Hindenburg a convidar Hitler para ocupar o cargo de chanceler. Os nazistas
chegaram ao poder, o que lhes dava mais força para combater os partidos de
esquerda.
Em 1934, morreu o presidente Hindenburg, e o Parlamento deu
poderes a Hitler, que passou a acumular os cargos de chanceler e de presidente.
Estava então instalada na Alemanha a sangrenta ditadura
nazista, sustentada pela SS, pela AS e pela Gestapo (polícia política da
ditadura).
Com o início do Terceiro Reich, Hitler supriu o estado
federalista. A bandeira do Partido Nazista, com a suástica, passou a ser a da
Alemanha.
O Führer começou a aplicar o programa nazista e os membros do
partido ocuparam todos os cargos da administração. Começava assim, a escalada
de ditadura e terror.
Segunda Guerra Mundial
O regime nazista, que vigorou na Alemanha entre 1933 a 1945,
ocorreu no período da Segunda Guerra
Mundial.
A segunda Guerra representou um grande conflito entre
diversos países que estavam diante de uma grande crise econômica, política e
social. Essa crise foi adquirindo grande proporções após a primeira guerra
mundial (1914-1918).
Os países envolvidos na segunda guerra mundial constituíam
dois grandes grupos:
os Aliados, formado pela Inglaterra, França, Estados Unidos e
União Soviética;
o Eixo, constituído por Alemanha, Itália e Japão.
Todos os países envolvidos possuíam pretensões imperialistas
e, portanto, lutavam pelo poder e a conquista de territórios.
Com a ascensão de Hitler e do regime nazista na Alemanha, o
principal objetivo era unir os povos germânicos. Nesse sentido, exterminar os
judeus, marxistas, socialistas, ciganos, etc.
Assim, com o intuito de conquistar territórios e se tornar a
grande potência mundial, a segunda guerra mundial começa no momento que o
exército de Hitler invade a Polônia no dia 1º de setembro de 1939. Esse
território lhes pertencia antes da primeira guerra mundial.
O Nazismo e a Segunda Guerra Mundial terminaram em 1945, ano
em que Hitler morreu. Nesse mesmo ano, os Estados Unidos lançou as bombas
atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e três dias depois de
Nagasaki, respectivamente nos dias 6 e 9 de agosto de 1945.
Holocausto
O Holocausto representou
o extermínio em massa que ocorreu durante o regime nazista na Alemanha, o qual
matou cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração.
Os campos de concentração representavam os locais onde eram
exterminadas as pessoas que para Hitler eram considerados de “raça inferior”.
Esse horror cometido contra esses grupos minoritários e
sobretudo de judeus, só terminou em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
Neonazismo
Os grupos neonazistas, começaram a surgir na década de 70 e
estão espalhados em diversos locais do mundo, sendo possível encontra-los
atualmente, pelos grupos na internet.
Esse movimento está pautado nas doutrinas radicais de
intolerância e violência sob o ideal de superioridade da “raça pura ariana”.
Dessa forma, os neonazistas costumam ser racistas e xenófobos
com grupos minoritários sejam negros, imigrantes, homossexuais, judeus, dentre
outros.
Importante destacar que a apologia ao nazismo não é permitida
em diversos países do mundo sendo considerada, portanto, uma prática criminosa
Os campos de concentração foram usados pelo regime
nazista para aprisionar milhares de pessoas nas décadas de 30 e 40.
Ao menos 20 mil campos foram utilizados entre 1933 e 1945, na
Alemanha e em outros 12 países que foram ocupados pelos nazistas antes e
durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Origem dos Campos
Os campos de concentração, inicialmente, eram empregados para
receber presos políticos, como socialistas e comunistas.
O primeiro a ser construído foi Dachau, em 1933, perto da
cidade de Munique. Ao longo da guerra, contudo, o número de campos de
concentração foi ampliado e cada um tinha uma função específica.
Os campos foram construídos na Áustria, Bielorrússia,
Croácia, Estônia, França, Itália, Noruega, Países Baixos, Polônia, República
Tcheca e Ucrânia.
Tipos de Campos de Concentração
Havia três tipos de campos: trânsito, trabalho forçado e
extermínio.
Trânsito: serviam para concentrar um número grande de
prisioneiros - normalmente judeus - que seriam transportados para os campos de
extermínio. Existiram em maior número nos países ocupados pelos nazistas.
Exemplos: Drancy, na França e Theresienstadt, na República Tcheca.
Trabalho forçado: os prisioneiros eram obrigados a trabalhar
sem descanso e recebendo o mínimo para sobreviver. Exemplos: Bor, na Sérvia, e
Plazów, na Polônia.
Extermínio: onde os prisioneiros eram diretamente
encaminhados para a morte, em câmaras de gás. Apenas umas poucas pessoas
sobreviviam e trabalhavam. Exemplos: Sobibor e Treblinka, na Polônia.
Isto não significava que um campo de trabalho forçado não
poderia ser de extermínio e vice-versa. Em todos os campos, inclusive nos de
trânsito, a mortalidade era alta por conta das péssimas infraestruturas.
Campos de Extermínio
Os campos de extermínio foram pensados para eliminar
fisicamente os judeus. Esta decisão era chamada pelos nazistas de solução
final e foi tomada na Conferência de Wannsee, em 20 de janeiro de 1942.
Isso não quer dizer que os judeus não estavam sendo
extinguidos antes, mas a partir desta data, o extermínio foi oficializado
dentro do Terceiro Reich e elevado à escala industrial.
Após Dachau, que funcionou durante 12 anos, foram abertos
seis campos com a finalidade de extermínio em massa: Chelmno,
Auschwitz-Bikernau, Belzec, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Todos esses estavam
localizados na Polônia.
A construção do primeiro projeto específico para o
assassinato em massa foi Chelmno, em 1941. No ano seguinte, os restantes já
estavam funcionando.
As mortes ocorriam também pelos trabalhos forçados a que eram
submetidos os prisioneiros, bem como doenças, torturas, fome e frio. A
estimativa é de que 11 milhões de pessoas tenham morrido nos campos de
concentração nazistas.
Seleção de Prisioneiros
Os prisioneiros dos campos de concentração eram pessoas
deportadas dos territórios europeus ocupados pelos nazistas, especialmente os
judeus.
Havia, contudo, homossexuais, comunistas, ciganos e
Testemunhas de Jeová, prisioneiros soviéticos, padres católicos, pastores
protestantes, etc.
Independente da origem, os prisioneiros que chegavam aos
campos de concentração eram cuidadosamente selecionados assim que desembarcavam
dos trens de carga.
Deixavam todos os pertences na plataforma ferroviária e os
que aparentavam estavam mais fortes e com saúde eram poupados e embarcados num
caminhão. Este os levaria para os barracões, onde teriam que realizar trabalhos
forçados em fábricas.
Idosos, mulheres, doentes e crianças, eram embarcados em
outros caminhões e conduzidos diretamente às câmaras de gás. Ali eram colocados
num vestíbulo, onde eram despojados de suas roupas e imediatamente inseridos
nas câmaras de gás nas quais eram mortos por asfixia.
O trabalho de seleção, de recolha de pertences e da condução
às câmaras de gás era feito pelos próprios prisioneiros que formaram o
destacamento Sonderkommando (comando especial).
Responsáveis pelos Prisioneiros: Conheça o Sonderkommando
O Sonderkommando foi utilizado nos campos de
extermínio de Auschwitz, Treblinka, Birkenau, Belzec, Chelmno e Sobibor. Também
foram responsáveis por fazer a guarda nos guetos judeus.
Eram grupos de judeus com boa saúde e a quem cabia o trato
com os prisioneiros, desde a chegada ao campo até a condução às câmaras de gás.
Após o assassinato, deviam retirar os dentes de ouro dos cadáveres, cortar-lhes
os cabelos e conduzi-los aos fornos crematórios.
O trabalho ocorria sob a supervisão dos nazistas e, à chegada
dos prisioneiros, os integrantes do sonderkommando eram obrigados a
mentir sobre seu destino. Quem não obedecia às ordens também era eliminado.
Os destacamentos tinham alguns privilégios como uma alimentação
melhor e podiam entrar em contato com suas famílias. Porém, muitos realizavam
essas tarefas sob efeito de drogas.
Igualmente, eram trocados periodicamente e seu destino era o
mesmo de suas vítimas.
Exemplos de Campos de Extermínio
Vários campos de extermínio foram construídos e se tornaram
sinônimo de horror e vergonha. Podemos citar Sobibor, na Polônia e Buchenwald,
na Alemanha, entre muitos outros.
No entanto, dois campos ficaram particularmente gravados na
memória coletiva por conta das atrocidades ali cometidas: Dachau e Auschwitz.
Campo de Dachau
O primeiro dos campos de concentração foi estabelecido em
Dachau, na Alemanha, em 22 de março de 1933.
O segundo dirigente de Dachau, o comandante da SS Theodor
Eicke (1899-1945), elevou o local a modelo de tratamento de prisioneiros. Coube
à ele administrar o complexo sistema de campos de concentração nazistas durante
toda a Segunda
Guerra Mundial.
O local ficou conhecido não somente por ser o destino de
milhares de vítimas da guerra, mas por conta dos experimentos médicos
realizados com seres humanos.
Experimentos com Seres Humanos
As experiências médicas estão entre as principais marcas da
crueldade dos campos de concentração nazistas. Entre outras justificativas para
sua realização estava a melhoria das taxas de sobrevivência dos soldados
alemães e o aperfeiçoamento do conhecimento de tratamentos e procedimentos
clínicos.
Muitos eram dolorosos, desnecessários e cruéis, não raro levavam
os prisioneiros à morte. No campo de concentração de Dachau, os prisioneiros
foram submetidos às câmaras de pressão, congelamentos para análise da
hipotermia ou obrigados a beber água salgada para estudar a potabilidade da
água.
Ali também foram conduzidas pesquisas usando os detentos para
o desenvolvimento de vacinas contra a malária e a tuberculose.
Campo de Auschwitz
O maior e mais conhecido dos campos de concentração nazistas
foi Auschwitz, onde 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas. Incluía três
grandes campos como o de Birkenau, destinado às mulheres e 45 sub-campos.
Em polonês o nome da cidade é Oświęcim, mas desde 1939,
quando a Alemanha havia invadido a Polônia, o lugar foi rebatizado de
Auschwitz. Foi construído logo após a invasão alemã e, inicialmente, estava
destinado aos prisioneiros que se opunham ao regime nazista em terras
polonesas.
Há três quilômetros dali, os nazistas levantaram outro campo
destinado a receber os prisioneiros soviéticos. Cerca de 15 mil estiveram no
local e nenhum sobreviveu. Posteriormente, Auschwitz seria o destino final de
milhares de judeus vindos de todas as partes da Europa.
Uma característica interessante é que somente em Auschwitz os
prisioneiros tinham um número de série tatuado em seus braços.
Apesar de ter sido o campo onde mais se assassinou, também
foi o lugar onde houve mais sobreviventes. Felizmente, eles puderam contar o
que viveram e dar testemunho deste horror.
Holocausto
Nos campos de concentração destinados ao extermínio, a
finalidade era a de implementar a solução final, também chamado de holocausto
judeu.
Esta expressão foi criada por historiadores americanos para
designar o assassinato em massa sofrido pelos judeus. Trata-se de um termo
controverso, pois holocausto remete a sacrifício a Deus.
Calcula-se que seis milhões de judeus foram assassinados
durante este período seja em câmaras de gás, seja por outro métodos, como fome
e doenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário